quinta-feira, 24 de maio de 2012

Reciclagem automotiva!

Milhares de veículos diariamente zero km ingressam nas ruas brasileiras. Chegam a seu final de vida, sem condições de rodar mais, e na maior parte das vezes são abandonados ou ficam apodrecendo em garagens, ruas e depósitos e tudo isso forma uma extraordinária quantidade de materiais pouco aproveitados para reciclagem. É muito alumínio,muito plásticos, muitos metais que poderiam ser reutilizados evitando um novo consumo dos materiais da nossa natureza e não renováveis. Algumas Indústrias paulistas começam a anunciar que a partir deste ano de 2012 devem começar a reciclar peças de eículos usados. No país apenas 2,5% dos veículos vão para reciclagem, o restante dos 97,5% dos carros vão parar em epósitos e desmanches, segundo informação do SINDINESFA – Sindicato Atacadista de Sucata Ferrosa e Não Ferrosa. Não só a reutilização de peças dos carros que reduziria o consumo de novos materiais trariam redução de custos para as montadoras como também teria o carater social e ambiental.
Volkswagen e Fiat por exemplo, reusam material descartado para a fabricação de novos produtos. O projeto " Costurando o Futuro", da montadora alemã, reaproveita os uniformes usados dos cera de 20 mil funcionários para a confecção de estojos, necessaires e mochilas. Em três anos, mais de 31 toneladas de tecido foram reaproveitados, restos de cintos de seguranças e de tecido de revestimento dos bancos também entram no processo.
A Ilha Ecológica da Fiat, criada em 1994 e instalada na fábrica em Betim (MG), é responsável por fazer a triagem de material descartado do processo de fabricação dos automóveis, como óleo, borra de tinta, isopor e papelão. Depois de separados, selecionados e enviados para a reciclagem, eles podem dar origem a corpo de caneta, salto de sapato feminino e capa de CD. De acordo com o fabricante, todo mês são processados aproximadamente 14 mil toneladas. Tanto na Fiat como da Volkswagen, boa parte do trabalho de reaproveitamento é feito por cooperativas. No caso da Fiat , o site Cooperárvore até vende alguns dos produtos fabricados.
Há também a possibilidade de reutilizar as peças dos carros que ficam apodrecendo em diversos tipos de localidades. Exemplicicando o processo industrial de reciclagem de uma porta há a economia de recursos naturais importantes com as ligas de ferro, minérios, água, produtos químicos e energia que somam cerca de 40% dos recursos naturais utilizados. Além disso, com a reciclagem de peças de veículos o meio ambiente é poupado de um grande acumulo de resíduos, que iriam acabar nos depósitos ou mesmo na natureza. Além desses dois fatores de importância ambiental ainda tem a questão econômica, com a reciclagem das peças de veículos há uma economia de cerca de 30%, ou seja, as peças produzidas com base no reaproveitamento de outras peças têm um custo médio cerca de 30% inferior as peças comercializadas nas concessionárias, possibilitando um preço competitivo.
A partida para resolvor estes problemas foi dada, mas será um processo longo de concientização de população, indústria e governo e que é necessário para um planeta mais sustentável.


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